Continuando o post sobre Machu Picchu.... (caso não tenha lido a parte 1, clique aqui)
Começamos a subida dos degraus às 4h30, com tudo ainda bem escuro e chovendo bastante. Dava para sentir o ar rarefeito, e a cada lance de degraus, precisava parar, tomar água e respirar para ter condições de subir. Mas sejamos francos: apesar da altitude, admito, se fosse numa altitude com a qual eu já estivesse acostumada, teria cansado do mesmo jeito, ehehe
Começamos a subida dos degraus às 4h30, com tudo ainda bem escuro e chovendo bastante. Dava para sentir o ar rarefeito, e a cada lance de degraus, precisava parar, tomar água e respirar para ter condições de subir. Mas sejamos francos: apesar da altitude, admito, se fosse numa altitude com a qual eu já estivesse acostumada, teria cansado do mesmo jeito, ehehe
Sobe, sobe, sobe... água, água, água... e depois de uma hora e meia, mais ou menos, chegamos na entrada de Machu Picchu! O problema é que subir até os 2.430m de altura fez a gente sentir muito calor, então fui abrindo a blusa - que era impermeável. Isso fez com que minha camiseta e calça ficassem encharcadas. Quando a gente parou de andar, e já estava dentro de Machu Picchu, o corpo esfriou e aquela sensação ruim foi aumentando. Por sorte, a gente estava com a mochila com as roupas que tínhamos usado no dia anterior. Elas estavam sujas, mas secas. Porque eu estava pensando em todos os momentos embaixo de uma coberta quentinha, e por mais que o guia estivesse bem na minha frente, a voz dele era mais uma lembrança distante "daquele dia que passei frio demais". Em resumo, essa era minha expressão de #chateada
Mas parou depois de uns quarenta minutos que estávamos lá, hehehe. O engraçado é que o tempo vai mudando muito rápido. Em cinco minutos o tempo fecha, aí bate um vento, abre de novo. Claro que isso sempre acontece, mas é que àquela altura, as nuvens estavam muito pertinho, então ficava mais impressionante, igual tá aqui no vídeo:
Mas eu juro que depois que eu troquei de roupa fiquei com uma cara melhor! Engraçado é que todo mundo se troca lá no meio da galera mesmo, porque ninguém chega intacto. Claro, dos que sobem os degraus. Se você quiser, dá para subir de ônibus, que custa cerca de 18 dólares também e você compra na hora, não precisa reservar. Porém, quando estávamos lá, esse ônibus só começava a subir a partir das 9h30, por conta das chuvas e alguns deslizamentos que tinham acontecido. Então ficava muito apertado em termos de horário. O bom é que quando era tipo seis e meia, estávamos já fazendo o tour.
Lá em cima tava aquela chuvinha chata ainda, então o Thiago perguntou para o guia:
- Vai chover muito ainda? O que você acha?
- O dia inteiro.
Ah, que bom...

Depois que eu estava seca, foi só alegria e tirar foto, ver o que o guia tava dizendo e afins. Me surpreendi com ele dizendo que 80% do que está ali é original! E que mesmo coisas que foram restauradas, não necessariamente foram reconstruídas, as vezes era "só" colocar uma pedra no lugar, segundo ele. Apesar dessa informação que ele deu, já vi outros dados dizendo que apenas 30% do que está lá é original, e outros números diferentes. Palpites?

Quando estávamos lá compramos o livro "Lost City of the Incas", escrito por Hiram Bingham, o cara que meio "sem querer querendo" descobriu Machu Picchu, em 1911.
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"Onde você trabalha?" "Em Machu Picchu, de boa" |
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"Qual sua profissão?" "Sou restaurador... de Machu Picchu"... hahaha, sério! |
Começamos a descida de MP por volta das 10h30, mas esse trecho fizemos de ônibus, custou 18 dólares a descida. Caso não quiséssemos ir de ônibus, era só descer o um milhão de degraus que subimos. Chegando em Águas Calientes de volta, aproveitamos e fomos no Mercado que tem na cidade. Ele fica do outro lado do rio em que está o centro da cidade. Estava super vazio, então demos uma voltinha.
E aqui o trem que pegamos para chegar até a hidrelétrica, onde pegamos a van para voltar a Cusco.
Seis horas depois.... esta era eu, no Ecopackers de Cusco, feliz com minha Cusqueña:
Achei o passeio muito legal, apesar do maior cansaço de fazer esse rolê todo! Tudo o que fizemos andando, poderíamos ter feito com algum tipo de transporte, mas valeu a pena ter subido andando, pelo menos uma vez. Fiquei com vontade de fazer a trilha que sai de Cusco e vai caminhando até Machu Picchu. Ah, e também não tivemos tempo de conhecer Wayna Picchu, que está bem em frente à MP. Essa não dava tempo... mas fica para a próxima! Alguém já conheceu?
Bjos!