quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Deserto de Sal na Bolívia: onde fica, quanto custa, como é

Chegamos em Uyuni um pouco depois da meia noite. Vínhamos de Potosí, o caminho inteiro de chuva, frio e o contorno por várias montanhas, bem bonito! O único problema é que Uyuni é uma cidadezinha no meio do deserto e chegamos lá debaixo de chuva, à noite e sem lugar para dormir. Havia uma agência de turismo aberta e foi onde entramos. Estávamos com mais um casal, o André e a Yasmine, que conhecemos no aeroporto de Sucre, assim que chegamos de Santa Cruz de la Sierra. Quando entramos na agência, encontramos outros brasileiros com o mesmo problema que a gente: sem lugar para dormir e sem um tour para o dia seguinte. Já tínhamos decidido que queríamos o tour de três dias e esperamos para comprá-lo lá em Uyuni.

bolivia turismo mochilao

bolivia turismo mochilao


bolivia sucre potosi


Desde Sucre tentávamos comprar o passeio, mas em virtude de o Rally Dakar ter acontecido no deserto dos até o dia 12 de janeiro, eles só reabririam para os tours a partir do dia 14 e todas as agências nos aconselharam a comprar lá, devido a essa incerteza de quando realmente os tours voltariam. E nessa também deixamos de fazer booking para um hostel. Boa, time! 

mapa do mochilão
Em um só dia fomos de Sucre para Potosí e de Potosí para Uyuni, por isso chegamos tão tarde. Pagamos 15 bolivianos por esse primeiro trecho e mais 20 bolivianos pelo segundo, bem barato. Os preços são totalmente negociáveis, então a gente sempre conseguia desconto, já que comprávamos para quatro passageiros. 

Uma coisa essencial na Bolívia é pedir para ver os ônibus PESSOALMENTE antes de fechar a compra... esperávamos o ônibus estacionar para concordar em comprar os tickets. Quem vende os tickets também já está acostumado com a exigência, então às vezes já dizem logo de cara "el bus está ahí, pudes mirarlo"! 

transporte bus na bolivia
Pagamos 15 bolivianos pela passagem desse ônibus, que pelo menos não quebrou nenhuma vez durante a viagem
Bom, chegando em Uyuni (de novo, hehe), entramos na agência de turismo e a mulher disse que tinha vagas em um hostel, e que aquele era o único livre na cidade. Acontece que ela não iria reserva-lo para nós, a menos que fechássemos o tour com ela. Foi um tempão nesse impasse, até que todo mundo cedeu, afinal, já era meia noite e sei lá quanto e ninguém mais tinha forças. 

Pagamos 60 bolivianos pelo hostel e mais… 900 bolivianos (cerca de R$ 310) cada um pelo tour de três dias, que é feito em um 4x4 com sete passageiros + o motorista. No preço estava incluso: 

- 2 noites em hostel no deserto; 
- 2 cafés da manhã;
- 3 almoços; 
- 2 jantares.

O preço foi mais caro que esperávamos, mas a justificativa é que o Dakar tinha feito a procura pela cidade aumentar e tinha muito turista lá nessa data. Esperávamos pagar cerca de R$ 250 ao invés dos R$ 310, mas era o que tinha na hora. Pagamos. 

Agora vem a parte do “você quer ouvir primeiro a notícia boa ou a ruim?”: ali, no ato em que fechamos, a mulher que nos atendia já avisou que no primeiro hostel teríamos que pagar 10 bolivianos para tomar banho quente, e que no segundo hostel não tomaríamos banho, porque não tinha chuveiro, nem água. A coisa boa foi a sinceridade dela, né. 

De tudo isso, se for para eu recomendar alguma coisa, seria: não chegue em Uyuni tão tarde, ou já deixe um hostel reservado. Isso é bem lógico, e dá para encontrar os hostels pelo hostelbookers, ou mesmo o hostelword :) Além disso, diria também: leve dois rolos de papel higiênico e pelo menos um pacote de lenços umedecidos. 

Aqui vos apresento a primeira imagem que tive do Salar do Uyuni:

bolivia turismo mochilao salar do uyuni

























Aqui nessa foto esse trecho de deserto ainda não está alagado. De novo, pode ser óbvio, mas como para mim não era, explico: o deserto fica muito legal quando está alagado. Por ser de sal, ou seja, ter o solo todo branco, quando chove, ele alaga e reflete o céu, as nuvens, o sol e os turistas que ficam lá com cara de bobo - mas não é para menos! Ou seja, apesar do perrengue de termos chegado enquanto chovia em Uyuni, demos sorte, porque quando fomos para o deserto no dia seguinte, ele estava exatamente como queríamos, ALAGADO, desse jeitinho aqui embaixo:

deserto de sal na bolívia
bolivia turismo mochilao salar do uyuni
Eu gosto muito de comer e de conhecer a comida dos lugares, então tava curiosa para saber como seria nosso almoço. Com pouquíssima cerimônia, o Marcos, nosso motorista, preparou enquanto a gente tirava fotos, bem ali, na traseira da 4x4:
bolivia turismo salar do uyuni
bolivia turismo mochilao salar do uyuni
Achei bem legal que eles perguntam se algum dos 7 passageiros no carro é vegetariano. Se sim, a pessoa tem uma comidinha preparada para ela!  
bolivia turismo mochilao salar do uyuni

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cevichopp em Arequipa, no Peru

Uma das coisas mais refrescantes que eu já provei até hoje foi o Cevichopp, lá em Arequipa, no Peru. O ceviche por si só já é bastante refrescante, eu sei. Mas acontece que servido dessa maneira, em uma caneca de chopp - só que sem chopp ou cerveja -, ele vem embebido em um “suco” de limão, que traz junto cebola roxo, pimenta, coentro e outros temperos. A sensação é a de “nossa, tô bebendo o verão!”, sério! Muito refrescante.

cevichop peru O David é um peruano muito simpático que, por já ter morado em Campinas e conhecer o Thiago, meu namorado, nos hospedou na casa dele e nos levou para comer, comer, comer e beber, beber e beber. Além de explicar a dinâmica ali de Arequipa em relação ao resto do Peru, ele disse que, para ele, esse lugar onde provamos o cevichopp, o Capitán Pezdiablo, é o melhor da cidade! Ah, e apesar de ser uma baita caneca, ele falou que isso é como um aperitivo, antes do ceviche (ou outro prato) propriamente falando. 



cerveja pilsen peru ceviche cebiche milho Uma das coisas engraçadas sobre o cevichopp é que conforme você vai comendo, sente o apimentado, mas é sutil. E aí você continua comendo, ele vai ficando mais forte, forte... mas é tão bom que não dá para parar!  Eu e o Thiago pedimos o tradicional, e o David pediu o que é ainda mais apimentado do que o comum, com ají amarelo, uma pimenta que não é vendida in natura no Brasil, mas pode ser encontrada em conserva ou em pó em lojas especializadas em produtos peruanos. Para acompanhar, uma Pilsen para cada um! Além de chamá-las por "cerveza", no Peru você pode usar o termo "chela" para perdir uma breja. Junto com elas, na maioria dos bares, vêm coisas para beliscar. No Capitán Pezdiablo, vem cachita. Um tipo de milho frito temperado com huacatay, uma erva que também é usada para o tempero do ceviche. SALUD! Alguém mais já provou o cevichopp ou conhece algum lugar no Brasil que faça essa maravilha? 

petisco canchita
Capitán Pezdiablo
Calle Ricardo Palma, 602
Arequipa 
Peru 
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