domingo, 27 de setembro de 2015

O blog tá de casa nova!




quinta-feira, 28 de maio de 2015

Um dia na Fazenda Benedetti

Dizem que antes de você querer desbravar o mundo, viajar por aí, nada melhor do que conhecer sua própria cidade ou região bem. Aquela coisa, para ser global, seja local. Conheça sua própria aldeia. E isso é a pura verdade. Confesso que só comecei a conhecer muita coisa em volta de Campinas depois que iniciamos o Quintal da Cachaça, clube de assinatura de cachaça que "me dá a desculpa" de ir de norte a sul do país em busca de belos alambiques! 

Nesse tempo, uma das surpresas que tive enquanto "descobria minha aldeia" foi a Fazenda Benedetti, de Amparo. Já é a quarta geração de família que está a frente da fazenda, produzindo cachaça, vinho, suco de uva, doces caseiros e alguns embutidos. Hoje, eles têm duas marcas de cachaça, a Flor da Montanha e a Gran Nono (até já tivemos a Flor da Montanha no clube!)

Como o negócio é todo familiar, você meio que se sente parte da família quando vai lá, porque tem primo, tio, esposa, todo mundo trabalhando ali – e isso deixa o clima tão gostoso! O nome "Benedetti", se ainda não deu para perceber, é italiano, de Trento, mais exatamente. A família veio para o Brasil no final do século 19, e desde que conseguiram um pedaço de terra, começaram a cultivar café.

Da série: males que vêm para o bem. Ia tudo bem até que estourou a crise do café, em 1929. Um dos clientes não conseguiu pagar uma dívida e, em troca, deu um alambique para Antonio Benedetti, a quem todos chamam de vô quando te contam essa história lá na Fazenda. Bom, nessa altura, a cachaça já era um subproduto da cana-de-açúcar e a família sabia como produzir aguardente. A família passou a produzir a bebida para o consumo próprio e vender para os amigos, até que a cachaça ganhasse fama "de boa", como me contou o Matheus, um dos integrantes da família que está trabalhando pesado para fazer todo mundo provar da cachaça Benedetti!

O legal é que além de todo o passado, a Fazenda Benedetti que você pode visitar hoje é a mesma onde toda essa história aconteceu! Ainda tem a casa grande, o terreiro para secar o café, e a família está com um projeto de transformar toda a fazenda em um museu, já que tudo lá tem história. Ah, e, claro, você pode provar a cachaça, NÉ!

A casa, o terreiro de café e, à esquerda lá no fundo, onde se moe a cana para fazer a cachaça

Na fazenda tem essa área de envelhecimento de cachaça, e a família tem barris de várias madeiras. Cada tipo de madeira dá um sabor diferente à bebida. Lá dentro o cheirinho é tão bom...

Tomando direto da fonte: vá e prove todas :D  







Belas garrafas! Ah, a Flor da Montanha agora tem essa embalagem nova – e agora também será vendida para fora do Brasil. Quando se produz uma cachaça, o ideal não é que a bebida não seja engarrafada logo de cara, logo que ela sai do alambique. Ela precisa de um tempo para descansar, tipo uns 6 meses – em geral, os produtores deixam a cachaça descansando em "barricas" de inox, que não passam gosto nenhum (e tudo bem!), mas lá na Benedetti, eles deixam essa cachaça em barris de Amendoim (a árvore, não a leguminosa). O Amendoim não interfere taaanto assim na bebida, mas dá um toque especial e deixa a cachaça mais suave, de um jeito que ela "não desce queimando". Bom, depois que a cachaça passou esse tempo na madeira, eles ainda transferem ela para um outro barril, agora de Jequitibá (e que fica naquela sala que da foto ali de cima)! O Marcos, que é quem cuida dessa parte lá na Fazenda, tem feito umas "receitas" interessantes nessa sentido! O mais legal é que cada madeira vai dando um sabor diferente – por isso é tão difícil encontrar duas cachaças iguais!

A garrafa da esquerda é uma cachaça adoçada armazenada em tonéis de Carvalho, que eu ainda não provei, mas estou curiosa! O Carvalho tem um sabor bem marcante, e nunca tomei uma cachaça armazenada em Carvalho e adoçada. Cachaças adoçadas, geralmente, são aquelas mais licorosas, que têm frutas na composição, maaais ou menos do tipo da canelinha (famosa Gabriela). Como o whisky também é envelhecido em Carvalho, quem gosta da bebida, tende a gostar de cachaças armazenadas em Carvalho, já que a madeira fica beeem perceptível no sabor da cachaça.

Mas tô dizendo que tem história: durante uma reforma, que aconteceu faz pouco tempo, a família encontrou essa maleta em um dos cômodos da casa. Uma relíquia! Dentro tem vários documentos de compra e venda de mercadorias, clientes que compravam café, tudo registrado e organizadinho!


Também sei de um projeto deles de reativar um espaço de almoço e jantar maravilhoso, com vista para as montanhas. Me chamem pro primeiro happy hour! #euvou.


a vista!
Ah, e se você não gosta de cachaça, ou não gosta de beber, ainda assim, eu recomendo muito passar o dia na Benedetti e conhecer o pessoal e a fazenda! Vale muito a pena!

Fazenda Benedetti
Circuito das Águas - Rodovia Amparo/Serra Negra
SP-360 KM 138
Bairro dos Almeidas, Amparo.

domingo, 1 de março de 2015

O guia de Buenos Aires

Ueba, primeiro post de 2015 vem com uma BÍBLIA sobre Buenos Aires! Vamos aos fatos: de 2009 para 2010, passei três meses morando na cidade porteña! Fui para estudar espanhol e dar uma viajada também! A experiência toda foi incrível! Estudei na escola ECELA, que era a que menos brasileiros escolhiam, pelo menos naquela época, justamente para ter mais contato com gente de outros lugares do mundo. No final do texto estão as fotos da minha casa e mais detalhes do curso, para quem quiser ler! Mas, agora, vamos para a parte prática: a verdade é que se eu viajo, eu como, por isso acho que o mais importante antes de tudo, é começar falando da comida. O que vc tem q experimentar lá: EMPANADAS, PARRILLADA, CHORIPAN, SORVETE FREDDO e PERSICCO, VINHO, ALFAJOR, MEDIALUNAS... só para começar.  

As empanadas tem pra vender em qualquer restaurante, ou até em feirinha na rua... é maaais ou menos uma esfiha, ela pode ser frita ou assada e dá pra escolher o recheio... a que eu comia sempre era de CARNE PICANTE – mas é picante mesmo! Elas são muito boas e até hoje sinto falta de comer isso... como na maioria das vezes eu comia na lojinha que tinha na esquina da minha casa, não sei bem o melhor lugar da cidade para isso! Procurei aqui um lugar q fosse bom, achei esse aqui ó: EL SAN JUANINO - Calle Posadas 1515 | Recoleta, (011) 4805 2683. Mas se vc tiver passando em algum lugar que tenha, experimente! 


As parrilladas: são muito parecidas com o nosso churrasco, só que eles trazem em um richozinho, sabe? Com todos os tipos de carne em cima. Muita gente recomenda o Cabana Las Lillas ou o La Cabrera, que são  mais turísticos e caros. O Las Lillas fica em Puerto Madero, um bairro cheio de restaurantes, que fica na margem do rio. O que já me disseram eh que nesse Cabana a comida é boa, mas não tem nada de diferente dos outros restaurantes que ficam na mesma rua (A.M. de Justo 516, Puerto Madero), e que são mais baratos. Vale a pena pelo visual do lugar, e aí dá pra comer em outro restaurante! Mas é indispensável conhecer Puerto Madero... Vou colocar aqui uma música do Kevin Johansen – cantor argentino que eu ADORO – que fala justamente do bairro. Para escutar enquanto lê o post :) 


Eu comi no La Cabrera, e é bom, tem um ambiente mto legal, só que também achei muito caro... O bom é que ele fica em PALERMO, próximo da Plaza Serrano (eles chamam a praça de Plaza Serrano, mas se vc foi procurar no mapa, pode ser que o nome dela seja Plaza Cortázar), é um bairro com MUITOS, MUITOS e MUITOS restaurantes e bares, então, você pode ir andando, olhando os cardápios até achar um que goste. Com certeza os q estiverem mais cheios tem boa parrillada. O La Cabrera fica na Calle Cabrera 5099. Tem um restaurante q eu comi uma ou duas vezes q fica alí perto do Cabrera e que se chama Mott (El Salvador 4685). Ele tem alguns pratos típicos, mas feitos de um jeito mais moderno e tal, eu gostei muito do estilão de lá! Na rua desse restaurante tem outros milhões de restaurantes e bares, dá pra ir entrando, ficar em um, tomar alguma coisa, passar pra outro... Mas voltando ao La Cabrera, estive nele em duas ocasiões: uma com o pessoal da minha casa, e depois, no Natal. Eles faziam um pacote de você pagar um valor X e poder comer e beber a vonts! Hahaha A carne estava boa, os acompanhamentos também e o vinho era liberado. Saímos com a boca roxa aquela noite... UPDATE 1: Depois que divulguei o post no face, amigas lindas vieram me dar dicas novas que coloco aqui também! A Michele foi para lá faz pouco tempo com o namorado e disse que uma boa alternativa ao Las Lillas é o Cabaña Villegas, que é mais barato e a carne é perfeita! Além disso, ela disse que quando você paga a conta, recebe um Chandon! WHHHAT quero ir agora! Valeu pela dicaa! 
Jantar em Buenos Aires
Prato lliiindo... queria voltar no tempo e pedi um desse para mim! Hahaha 


Buenos Aires


Jantar em Buenos Aires
Oba! Adoro acompanhamentos :D 










Outro restaurante que eu fui e tem uma pegada muito diferente de qualquer outra coisa que já vi na vida é o Te Mataré Ramirez, que é um restaurante erótico hahahahhaa nunca tinha ouvido falar disso e fui para matar a curiosidade. Não tem nada a ver com um lugar de strip, é um restaurante mega decorado, com pratos elaborados e tal. A noite em que fui, estava com duas amigas, uma holandesa e uma alemã, e era uma quarta-feira, estava vazio e tinha praticamente só a nossa mesa. Achei que valeu a pena pela experiência! Obs.: tem que olhar a programação, porque tem noite com sexo ao vivo, ou leituras eróticas, exposições HAHAHA coisas assim. Eu tinha várias fotos do restaurante, mas deu um mega problema no meu computador, então perdi coisa pra caramba :( tenho algumas fotos que, na época, peguei das minhas amigas. Bom, fica o registro. Vamos começar pelo cardápio. Os pratos, ao invés de números ou nomes, tinham frases sugestivas... 
Buenos Aires
O engraçado era fazer o pedido do prato para o garçom...











El Ultimo Beso: Eh um restô que fica no bairro de Palermo, para ser mais exata na Calle Nicaragua, 4880. EU gostava muito de lá!!! Os pratos não são assim tão generosos, mas vale ir nem q seja pra tomar um café. A decoração é toda fofa e branquinha... dentro tem também uma lojinha de coisas pra casa, tudo fofo, lindo, clássico! Desculpa pela repetição de adjetivos, é que isso define o lugar <3 o q eu mais gostei e pra mim foi a melhor carne q eu comi em BUENOS AIRES, é o "LOMO CON HIERBAS Y MOSTAZA DIJON", servido ali no El Ultimo Beso... vale a pena!
El Ultimo Beso
Sério: que lugar lindo!
El Ultimo Braso
Os fundos do restaurante... me imagino aqui por horas tomando café e comendo bolo <3 










Buenos Aires para comer
Lomo con Hierbas: SIIIIII 


EL ULTIMO BESO
O Banheiro do lugar, gente! sério! 





buenos aires
da série: queria ter uma banheira em casa só para encher ela de água e flores para impressionar a mim mesma toda vez que eu entrasse no banheiro! ahhaha 
















Post Street Bar é um bar todo grafitado que vende obras de arte, mas não é pretencioso e tal.. tem mesas na calçada, e do lado de dentro! No dia em que eu fui, eles estavam dando pipoca (de graça e o quanto você quisesse) para acompanhar a cerveja – que vinha BEM gelada! Por um infortúnio da era da internet, perdi todas as minhas fotos em um pau que deu no meu computador :( Bom, outra coisa muito importante: pipoca em espanhol se chama pochoclo! Essa é uma das minhas palavras preferidas: pochoclo! Repita. UPDATE 2: A Michele, que deu a dica ali em cima, falou também de outros dois bares – que eu não conheci, mas tô confiando porque gostei das fotos da viagem dela! HAHAHA. Vamos lá: 1) Johnny B. Good, um bar em Puerto Madero, muito bacana, pessoal legal e animado! Diz que rola happy hour até às 21h com 50% de desconto! 2) Um bar mais underground que se chama La Puerta Roja, que é uma portinha vermelha e lá dentro tem o mundo, segundo a Michele! Hahaha fiquei bem curiosa, na verdade! Brigada, Mi! 


CHORIPAN! O nome pode parecer estranho, mas garanto que você já comeu isso: pão com linguiça! Hahaha Eu ia no ROSEDAL – um parque com vários tipos de rosas, muito legal – no sábado a tarde e ficava comendo choripan. Os caras que fazem sempre tão com a mão preta e o tacho onde eles ficam fritando a linguiça é bem pouco bonito, mas vale a pena... pede pra colocar os molhos, tem que experimentar com CHIMICHURRI, um molho q eles preparam para comer com carne. Muito bom! Depois de comer, você fica lá sentado no parque, vendo os patos, ou então vendo as rosas e tal. Ao lado do Rosedal, tem também um Jardim Japonês, que todo mundo acha lindo, vale a pena ir lá tbm, se der tempo, durante os dias da semana.

SORVETES: tem duas cadeias mais famosas de sorvete em Buenos Aires, Freddo e  Persicco. Reza a lenda que os dois eram um só, daí os donos acabaram a sociedade e um deles abriu a Persicco. Ou seja, os sorvetes são mais ou menos iguais hahaha eu nunca vi diferença, na verdade. Mas como na Argentina tem muitos descendentes de italianos,  o sorvete é, basicamente, incrível. Acho que melhor, só na Itália mesmo! Por isso, meu conselho é: experimente todos que encontrar, porque todos vão ser bons! Hahaha #prática. Você vai engordar uns 2kgs de sorvete, mas o bom é que quando voltar para o Brasil não vai mais querer o sorvete brasileiro! Dieta boa essa. Se encontrar, prove sorvete de MASCARPONE – demorou TANTO tempo para eu descobrir que mascarpone era um queijo, hahaha mas é muito bom! 


ALFAJOR: carta marcada, todo mundo conhece e sabe que é bom, mas tem que provar na fonte ;) Eles são muito bons e baratinhos, as caixas também dá para levar embora! 

MEDIALUNAS: a medialuna está para a Argentina como o pão de queijo está para o Brasil! De manhã, ao invés de um pãozinho com café, peça por medialunas com café! Na escola que eu estudava tinha um intervalo e tinha sempre medialuna para o lanche EBAAAAA hahaha UPDATE 3: a Lulis, minha amiga, morou em BA também um tempo e deu outra dica. Existem as medialunas de grasa, que são mais salgadinhas, e manteca, que são mais docinhas – minhas preferidas! Eu lembrava da diferença, mas não lembrava dos nomes! Valeuu luliii.


TANGO: tem muitos lugares em Buenos Aires onde é possível ver um show de tango. Eu vi no CAFÉ TORTONI, que é super tradicional, um dos cafés mais antigos da cidade, ainda que um pouco turístico... Para ver o show tem que fz reserva antes, Telefone: (54 11) 4342-4328 Avenida de Mayo, 825 - Tel. 54-11- 4342-4328 (quando fomos, encontramos o  Serra ahhahaha). Meu pai foi para BA faz umas 3 semanas e disse que viu um show de tango incrível no SR. TANGO – ele também já foi no Café Tortoni e achou esse melhor, completamente diferente. Acho que vale a pena. Não volte de BA sem ver um show de tango! É lindo. 




De domingo dá para ir no mercado de San Telmo, onde acontece uma feira de antiguidades, dá pra ir lá umas 10 da manhã e ficar andando até umas 3 da tarde, porque tem muita coisa legal pra ver e bastante coisa pra ir beliscando também! Ah, e essa feira só acontece de domingo! Ah, dica rápida sobre comprinha de beleza: a marca Regina Cosméticos (Bulnes e Sta. Fé)/Ayacucho 1189). É como se fosse uma Contém 1g aqui do Brasil. Tem coisinhas lindas e um preço amigo! Esmaltes, sombras, batons... tudo!






















Em BA tbm tem mtos outlets, mas pelo que eu tenho lido e ouvido, não estão mais valendo a pena... mas o que sempre vale a pena la são as roupas e bolsas de couro! Tive uma bolsa que comprei lá e usei por anos, de qualidade incrível! Mas eu acabava comprando pela cidade nas lojas "normais". Na Av. Santa Fé tem muuuuuuita coisa. BTW, eu morava na Calle Guemes con Billinghurst, que fica um quarteirão para trás da Santa Fé! então praticamente todas as roupas e sapatos que tenho de BA, comprei nessa av Santa Fé... é bom ir com tempo! hahhaha 

Ah, em Palermo, na região da Plaza Serrano (ou Cortázar) tem muitas lojas legais, pequenininhas, tipo boutiques, que são mais a cara da Argentina mesmo. Uma das que eu mais gostava era uma loja que se chamava Lúcuma (ia para olhar e tentar achar algo não tão caro, porque mesmo com a ajuda do câmbio, não ficava baratinho). Quando você olha de fora, parece que ela está fechada, mas aí você toca a campainha, a vendedora abre e te leva para o andar de baixo, onde a loja realmente fica! Lá sempre tinha liquidação de botas e bolsas! Mas o espírito é esse, ficar andando ali em volta da praça e "descobrindo" as lojinhas de roupa – tem muita coisa única! 

Se no domingo você não quiser ir na feira (ou qualquer outro dia),  dá para dar um pulinho no Uruguai! No Porto de Buenos Aires tem uma barca que vai para Colonia del Sacramento, no Uruguay, em uma hora você chega lá e é super barato! Daqueles passeios de um dia, sabe? Colonia é uma cidade pequenininha, td de paralelepipedo, tem praia, tem restaurnates bonitinhos, tem mirante... meio que uma Paraty! Recomendo conhecer :) 

colonia del sacramento


colonia del sacramento


Ah, nesse tempo em que estive lá, optei por morar numa casa com outros estudantes... a casa era dessas bem grandes e antigas, porém bem conservadas, que a gente vê por Buenos Aires inteira! Tinha 8 quartos e a cada semana alguém chegava e alguém ia embora, então dava para conhecer gente nova constantemente, o que era incrível! Basicamente, morei com gente da Alemanha, Inglaterra, Suíça e muuuuuitos holandeses! Eu não sabia que TANTA gente da Holanda escolhesse BA como destina para aprender espanhol. Eles me disseram uma vez que preferiam ir para lá do que para a Espanha, porque ir para a Espanha seria como poder ir para casa a qualquer momento, deixarias as coisas mais fáceis. Interessante. Engraçado que apesar das diferenças culturais que cada um carrega consigo, há coisas que são tão universais que você se conecta automaticamente com as pessoas ao redor, como, por exemplo, esmaltes! Hahha sim! Nesse época em que fui morar em BA, era um pouco obcecada por esmaltes, então levei parte da minha coleção. Em uma tarde, desci com uns 50 esmaltes, e todas as outras meninas da casa, que eu ainda nem era tão próxima, correram para fazer as unhas no mesmo momento! hahah Girly moment. ok. Anyway, essa era a minha casinha:


casa em Buenos Aires
Esse era o meu quarto na casa :) amava! Tão fofo...


casa em Buenos Aires
Tirei essa foto na minha última manhã em BA! kkkk Só a Charlotte, que tirou a foto, sabe a correria que foi! KKKK
comida em Buenos Aires
Na minha última manhã lá, era também aniversário da Ema! :) levamos café da manhã para ela como uma little party. O "bolo"? Medialunas – nhamiiiii...


Buenos Aires comida
SURPRISE EMMAAAA, you're online! hahhaha 
Foto de uma das nossas festas no terraço da casa! Os vizinhos amavam...
Bom... esse foi um resumo de tudo o que eu conheci e vivi em Buenos Aires. Desde que voltei de lá, em 2010, nunca mais voltei – nem a passeio! O que mais você acrescentaria à lista do "tem que fazer?" 
Beijo!

sábado, 3 de janeiro de 2015

O bar de um homem só

Há bares em que a gente se distrai. Há bares em que o garçom ignora a gente. Há bares em que a música atrapalha a conversa. E há os bons bares: onde o garçom é simpático e solícito, a cerveja vem gelada, a música – se existe – não é imperativa e o tempo passa que é uma beleza. E depois vêm os bares únicos: a gente demora para conhecer, mas não se esquece nem se tiver uma ressaca daquelas. 

Já tinha conhecido lugares singulares, mas fazia tempo que não conhecia um que me marcava tanto assim! Se trata do Bar do Joia, que fica no Tatuapé, em São Paulo. Aliás, nunca tinha ido até o Tatuapé! Foi um belo início. Mas voltemos a bar. A fachada é bem discreta, na calçada ficam algumas mesas. Na hora que a gente chegou, umas 21h, tinha um pessoal que devia tá lá desde às 17hs. Delícia! Entramos e nos deparamos com uma coisa inédita (para mim), até então: não tinha paredes! Apenas prateleiras com cachaças e cachaças! Bom, é claro que tinha parede, mas elas estavam tomadas de cima a baixo por garrafas de cachaça de todo o Brasil! 

E quem atende – com uma simpatia inrustida – é o mesmo Jóia que dá nome ao bar! E ele sozinho é quem dá conta de lugar. Nada de garçom, nada de pessoa no caixa, só ele mesmo! Ora ele corta os frios, ora traz a cerveja (que é deixada no pé da mesa para a gente contar na hora de ir embora – nada como os bares que não querem te fazer pensar que você bebeu mais do que imaginava...)

Mas vamos aos detalhes etílicos: as cerca de 700 cachaças que decoram as paredes podem ser provadas, com excessão, é claro, de algumas raridades, como a Pelé! A cerveja vem geladíssima e a porção de pastel vem com quantos você quiser (!!!!!!!!). Nada como fazer exatamente a vontade do cliente! Hehehe 

Vale a ida e, com certeza, vale a volta!
Rua Emilia Marengo, 468, Tatuapé - SP.




sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Trilogia musical em Fortaleza

Em agosto fui passar um final de semana em Fortaleza. Não voltei mais morena, mas confesso, com uns quilinhos a mais e umas músicas na cabeça :) 

Fiquei na casa da Karine, que já tem histórico por aqui. A programação foi bastante intensa e, com certeza, a mais “insider” que eu já tive em Fortaleza. Essa foi a terceira vez que eu fui para a capital do Ceará, e foi como se eu tivesse visitado uma nova cidade! 

Eu cheguei na sexta-feira umas 23h e já fui direto para uns bares, com direito a três paradas. Mas o que eu quero falar aqui, em especial, é da trilogia musical que aconteceu no sábado! 


Fomos no Kukukaya para abrir a noite. Chegamos lá umas 20h para o forró que acontece lá e é bem famoso. Mas a gente se enganou com o horário e, quando chegamos, o que estava rolando era um samba — mas a viagem super valeu a pena. Samba de raiz, com direito a um grupo reunido em volta da mesa tomando uma cervejinha. Ah, sem contar que o lugar era enorme e bem decorado. À primeira vista, pode parecer um pouco turístico demais, mas, depois, você começa a reparar quem está lá, e vê que se trata, na verdade, de muita gente da própria cidade e tal. Ah, o bônus da noite foi um grupo de dançarinos que estava todo reunido lá, independente da casa, mas que estava dando um show! Fomos embora quando o samba acabou, mas com certeza quero pegar o forró de lá na próxima ida à Fortaleza. 



De lá, fomos para o Acervo Cultural. Aquela era, aliás uma noite emblemática para o lugar. Era a última festa da casa :( A proposta deles era super original: misturar poesia, teatro, música, tudo em um só lugar. Naquele sábado, a programação tinha um sarau (linnndo, btw), e show de 3 bandas, que eu aqui chamo de trilogia musical hahaha: Nômades para abrir a noite e Os Transacionais para fechar. EEEEEEE a que eu maais me diverti: Leite de Rosa & Os Alfazemas!

Mas antes preciso contar sobre o show. Foi apenas incrível! Eles tocam os melhores clássicos bregas para todo coração romântico e abandonado! Nada como estar em um lugar onde você pode cantar a plenos pulmões sucessos como Fogo e Paixão, Garçom, Alô, É O Amor e, claro, o hino de todo coração que já sofreu, de todo amor enrustido, (e de toda voz desafinada): EVIDÊNCIAS!

Lembro que quando tocou essa música, o salão, que já estava lotado, parecia que tinha ainda mais pessoas do que nas músicas anteriores, tamanho era o fervor com que todo mundo cantava. Eu pergunto e você pode responder sinceramente: tinha como ser diferente? Não, não tinha! Todos sabemos disso!

No meio desse clássico esplêndido, até o vocal, Adriano Uchôa, olhou para o companheiro de banda com uma expressão de "Sério que essa música ainda faz tanto sucesso?!!!". O show foi sensacional, daqueles que você sai com a alma lavada! Se alguém tiver com viagem marcada para Fortaleza, chega de mentira, de negar o seu desejo e vá na gravação do DVD do grupo, que imagino será ÉPICA, no dia 21 de novembro.  O nome do lançamento? Cabaré da Saudade. Isso é ser brega ou não? Sim e com muito orgulho <3








Além da comida, das praias, do forró e do povo Fortaleza tem muita banda boa para se orgulhar! Na próxima ida para lá, quero ir em outro show. E se eles vierem para cá, não perco :)

Qual a música brega do seu coração???

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bar Tiquim e o bolovo com queijo

Se comer é viajar e viajar é comer, a cada bolovo novo que provo, posso dizer que estou fazendo uma viagem pelos confins da... boemia? 

Enquanto descubro isso, acho que vou criar uma nova profissão: especialista em bolovo. Ainda tenho muitos para provar, mas cada vez que me deparo com um novo, i know it was meant to be. (Isso também envolve aprender fazer um bolovo, mas aí já é assunto para um outro post...)

Algumas semanas atrás, em um sábado preguiçoso, fui no Tiquim, um boteco de SP. Chegamos, sentamos, trouxeram uma cerveja e uns amendoins. Já adiantamos que tínhamos ido para provar o bolovo, famoso. Uma das donas do bar é quem nos atendia e, mal acostumados que somos em outros lugares, pedimos para ela trazer o bolovo cortado ao meio, já que íamos dividir (porque gordinho pede um de cada, mas divide!!!). Eis que ela retorna num belo sotaque paulistano:

"Posso até fazer isso, mas assim né, bolovo é tipo yakult..." 

Depois dessa, nos rendemos e pedimos ele sem cortar mesmo -- em tempos de falta d'água, ter resquício de bolovo na mão (... no braço, no rosto) é o melhor que tá tendo!

O bolovo deles, para a minha surpresa, ao invés de ter o combo metade ovo + carne moída, tinha queijo! Mesmo assim, não dá para dizer que era vegetariano, porque a massa dele levava carne.
Baby, baba:


É, pois é, fico aqui me declarando para bolovo e ainda coloco uma foto desse sei lá o que para competir com ele. Mas, gente, isso era bom demais! As moças donas do bar apenas fazem penne (é, o macarrão mesmo) com lemon pepper assado e frito. Uma delas me explicou que o processo todo leva cerca de quatro horas. Depois de pronta, a porção ele deve ser consumida em no máximo três dias. Elas trazem na mesa como aperitivo, tipo amendoim. Fica bem crocante, e com um gostinho que lembra um pouco doritos, só que bem melhor!

A comida me deixa piegas, então me permito o trocadilho: Tiquim, você conquistou um tiquinho do meu coração <3

Rua Cayowaá, 1301 
São Paulo
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